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Livro Impresso

Um poeta não se faz com versos
Marginalidade e silêncio na obra musical de Torquato Neto



anos 1960, antropofagia., canção, crítica musical, cultura brasileira., estética, história da música, letras de música, marginalidade, MPB, poesia brasileira, Rogerio Skylab, Torquato Neto, tropicalismo, vanguarda


Sinopse

Um poeta não se faz com versos: marginalidade e silêncio na obra musical de Torquato Neto, de Vitor Hugo Abranche de Oliveira, é um estudo vigoroso sobre a trajetória estética do poeta-letrista que ajudou a fundar o tropicalismo — e que o tensionou por dentro. Percorrendo canções, crônicas e gestos de cena, o livro investiga como “marginalidade”, “musicalidade” e “silêncio” se enredam no projeto de Torquato, do bricoleur tropicalista ao vidente trágico. O prefácio é de Rogério Skylab.

Um retrato crítico de Torquato
A obra recompõe as condições históricas e afetivas que moldam o jovem Torquato, situa sua escrita no pós-guerra e nos impasses culturais dos anos 1960 e 1970, e desmonta leituras simplificadas que o relegam ora ao “marginal romântico”, ora ao pós-tropicalista. O autor mostra como a persona torquatiana atravessa a MPB, flerta com a poesia concreta, dialoga com Oiticica e opera uma poética de fricção entre corpo, mídia e canção.

Canção como pensamento
Nas análises de “Marginália II”, “Geléia Geral”, “Domingou”, “Pra dizer adeus” e “Todo dia é dia D”, emerge a canção como campo de prova filosófico-poético: lugar de colagem, ironia e invenção, mas também de nostalgia do “discurso impossível”. A pesquisa destaca a corporalização do dizer (o “monumento” de Tropicália), a reconfiguração do sujeito (“eu sou como eu sou”) e o jogo tenso entre consolação e crítica na indústria cultural.

Margem, mito e silêncio
Sem moralismo, o livro enfrenta o “mito da marginalidade” e o transforma em problema histórico e estético: a margem como posição ética e estratégia de linguagem, e o silêncio como gesto político — não apagamento, mas forma extrema de presença. O resultado é uma cartografia de vozes que descentraliza cânones e recoloca Torquato no centro de um Brasil contraditório, vivo e inventivo.

Metadado adicionado por Kotter Editorial em 09/12/2025

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Metadados adicionados: 09/12/2025
Última alteração: 09/12/2025

Autores e Biografia

Oliveira, Vitor Hugo Abranche de (Autor) - Historiador e psicanalista, Vitor Hugo Abranche de Oliveira é professor de História e do Programa de Pós-Graduação em História das Populações Amazônicas na Universidade Federal do Tocantins — Campus de Porto Nacional. Atuou como professor convidado na École des Hautes Études de Sciences Sociales (2023-24). Realiza e orienta pesquisas nas áreas de história, ensino de história, história da educação, memória, psicanálise, psicologia da educação, música, literatura e poesia.

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