Precisa de ajuda?

+ 55 11 99384-2442
[email protected]

Livro Impresso

Os Lusíadas



amor e poesia, épico, expansão marítima, literatura portuguesa, Luís de Camões, Luis Maffei, Os Lusíadas, Paulo Braz, Vasco da Gama


Sinopse

Editar Os Lusíadas no aniversário de 500 anos de Luís de Camões e há pouco mais de 450 anos de sua primeira edição é uma nova tarefa com o novo. E com o velho. Novo e velho são noções carregadas de afetos e valores, ainda que o novo seja mais, digamos, publicitariamente eficaz. No caso deste poema, celebrar o novo não significa menoscabar o velho, pois o poema é novo e velho. Então, por que Os Lusíadas é um poema novo?

Porque sua obsessão pelo ainda não dito faz o poema se aliança com o frescor: um épico, sim, mas distinto dos paradigmas que a tradição desse gênero forte, vinda de séculos, exigia de um poeta no ocaso do Renascimento.

E Os Lusíadas é novo por outras razões, inclusive porque não se encerra: é e não é o poema do projeto de expansão português, é e não é a suprema crítica a esse mesmo projeto, é um canto de louvor às armas mas é um canto de louvor ao amor, é um canto à coragem e à delicadeza, a Deus e aos deuses. É, antes de tudo, um poema, tão atual como nós, legentes abertos pelas palavras de Camões.

***

Sabe-se que datas expressivas relacionadas à vida ou obra de um autor suscitam mil celebrações, que incluem alto número de livros publicados. Em 1880, no terceiro centenário da morte de Camões, os ruidosos festejos no mundo lusófono multiplicaram as edições de Os Lusíadas, emblema máximo da língua portuguesa. Desde aí, há edições, estudos, interpretações e controvérsias sem conta.

Embora houvesse no Brasil edições da epopeia desde 1821, elas apenas reproduziam as portuguesas e só em 1837 surge uma com editor e comentador plenamente brasileiros, cabendo o pioneirismo a Joaquim Caetano Fernandes Pinheiro e José Veríssimo. Aberta a trilha, infindas são as leituras brasileiras do poema, devidas a reconhecidos mestres das nossas letras, sendo talvez o poeta Alexei Bueno o último deles.

O quinto centenário de nascimento de Camões, desdobrado entre 2024 e 2025, motiva este volume, coordenado pelos Professores Doutores Luis Maffei e Paulo Braz, afeitos de longa data à camonística. Nele, palavras introdutórias pontuam vida e obra do poeta, mencionam fontes e balizam critérios editoriais, logo seguidas dos documentos indispensáveis à publicação de 1572. Depois, temos os dez cantos clara e profusamente anotados, cada um merecedor de comentário específico, a cargo de conceituados scholars de nossas universidades, além dos co-editores: Matheus de Brito, Jane Tutikian, Ida Alves, Kigenes Simas, Jorge Fernandes da Silveira, Jonas Leite, Marcia Arruda Franco e Teresa Cerdeira.

Neste labor de organização, ressalte-se a busca por uma multiplicidade de vozes, de diferentes regiões brasileiras, de várias faixas geracionais, como que a indiciar a abrangência ilimitada do poema.

Elaboradas com esmero e generosidade para com o leitor, oxalá estas páginas ultrapassem o âmbito universitário – efetivo reduto da vitalidade camoniana – e atinjam os mais amplos horizontes.

Gilda Santos

Metadado adicionado por Kotter Editorial em 16/12/2024

Encontrou alguma informação errada?

ISBN relacionados

--


Metadados adicionados: 16/12/2024
Última alteração: 16/12/2024

Autores e Biografia

Camões, Luís Vaz De (Autor)

Para acessar as informações desta seção, Faça o login.