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Livro Impresso

Vai ser como se eu tivesse morrido



Ederson Hising, Existência, finitude, morte, poesia, reflexão, renovação, técnica poética, Tempo, transformação, vida


Sinopse

Em Vai ser como se eu tivesse morrido, Ederson Hising brinca com a ideia de que pra estar vivo basta morrer algumas vezes. É por precisar de uma prova de vida que seus poemas trazem imagens concretas e um ponto de paragem, o corpo, que se opõem ao abstrato do fim. Ao inaugurar novos óbvios com relações pouco prováveis, Ederson dá conta de trabalhar o desejo, um pulso que mantém a gente seguindo, um trato com o tempo. O livro traz poemas curtos, lapidados com um bisturi, e poemas longos, inebriantes pelo som das palavras – um aparente improviso que não se faz sem técnica. Ederson é um jornalista que é também poeta, mas antes disso é um poeta que é também jornalista e está cansado de contar mortos.

***

deixa o poeta dizer que o livro é sobre morrer várias vezes e seguir vivendo. quem lê decide. para entrar no livro separe seu sorriso de baleia, esteja disposto a “capotar uma reta”, empreste a boca do poeta. interessa aqui testemunhar o mundo com uma pressa pequena, reescrevê-lo pelos caroços e frestas, suspendê-lo quando se prova absurdo ou antecipa o fim.

trata-se, ao mesmo tempo, de receber o estado geral das coisas e operar inconscientemente para alterá-las. muitas imagens flutuam, um tanto do inútil concreto da vida te tira do sonho. o que nos gruda ao presente é a nossa finitude, talvez por isso a pergunta: de que vale a festa?

você está convocado, e além de você, uma e outra ela, alguns mortos, todos os eus do próprio poeta, que apela, ouve o chamado? se for pra falar em voz alta é preciso alguém que lhe olhe os dentes.

tão claro que depois da festa te sobre um pouco pra pensar, pra se arrepender, pra nutrir vontade; e mesmo assim, quando você vê lá se foi mais um dia. amanhã você recomeça a fazer o que se faz com as horas e “esquecer o que se faz com as horas”.

guardando as devidas proporções, mascamos chicletes enquanto velamos a vida, pelo quente do corpo seguimos vivos.

que tudo acaba é mentira, então os poemas deste livro fazem um pouco disto: dão conta do fim como se fosse o último. e de novo. daí encomendar o futuro numa lápide. ser palavra é tudo que temos.

Mayara Blasi

Metadado adicionado por Kotter Editorial em 07/05/2024

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Metadados adicionados: 07/05/2024
Última alteração: 07/05/2024

Autores e Biografia

Hising, Ederson (Autor) - Ederson Hising é poeta e jornalista. Nasceu em Mandaguari, no interior do Paraná, e viveu em Maringá e Curitiba antes de chegar a São Paulo. Como repórter e editor, passou por veículos como G1, Estadão, Rádio Itatiaia e afiliadas da Globo e Record no Paraná. vai ser como se eu tivesse morrido é seu primeiro livro.

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