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Aporia



Bruno Velosa, poesia, aporia


Sinopse

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É morto?

Apresenta-se distante e cuspindo estrelas dançantes. Equipado pelas genealogias, e talvez apreciador de taxidermia. É morto?

Preparado pela passagem do noviciado, entrega-se. E a revelação por meio do tiro. É assassinado, vítima de engano ou vingança, entrelaçado nesta aporia. Está vivo?

Epopeia aporética, fragmentária e hiperbólica, onde a musa está ausente, e quando descoberta está de joelhos, ganhando a vida com boquetes. Discurso de um moribundo, entrecortando o tempo, entrega-se ao mundo, consumindo e por ele absorvido.

Mundo amalgama de mortos e vivos. Ultrapassa o espaço do papel do “branco/infinito/circunscrito”, em sincopado ritmo, e querendo sinfonia, entrega-se ao barulho.

Instrumento desta aporia, é menos do que mais importa: o “mundo”, entenda-se o “humano”, enquanto mundo se desfaz, cravando os corpos de cicatrizes.

Pois há corpos e corpos. E que nem quando os corpos estão mortos, no fundo são iguais, com o desequilíbrio do lucro.

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É uma contradição insolúvel, ou uma dificuldade impossível, para o pensamento. Por exemplo, a questão da origem do ser é uma aporia: porque toda origem supõe o ser, e portanto, não poderia ser explicada. A aporia é uma espécie de enigma, mas considerado de um ponto de vista mais lógico do que mágico ou espiritual. É um problema que renunciamos a resolver, pelo menos provisoriamente, ou um mistério que nos recusamos a adorar.

COMTE–SPONVILLE, André. Dicionário Filosófico. Tradução de Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

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Metadado adicionado por Kotter Editorial em 07/07/2023

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Metadados adicionados: 07/07/2023
Última alteração: 31/08/2023

Autores e Biografia

Velosa, Bruno (Autor)

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