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Livro Impresso

Lirassóis



Henrique Fatel, Lirassóis


Sinopse

Neste belo florilário, Henrique Fatel brinca com as experiências sensoriais, seus versos, em sua maioria livre, ainda que com eventuais decassílabos como “Vem, afoga-te comigo, amado”, evocam fortes imagens, cheiros e sabores; esta liberdade métrica mostra um poeta que conhece e ecoa sua tradição, onde certamente Baudelaire e Bandeira são influências, sem deixar de preferir um lirismo com um balanço mais natural e despojado.

Esses poemas se somam construindo um microcosmo onde o poeta flâneur pode se refugiar do mundo em um jardim que não há. E como é forte a ausência neste livro! Seu canto soa como uma elegia, sua caminhada como a busca de sentido no passado, até que ela não seja mais necessária, quando sua própria voz e seu espaço idealizado sejam suficientes; é então que podemos compreender a narrativa subjacente que vai em direção a recuperação do sentido.

Em um mundo marcado pela lógica do consumo imediato, o livro convida seus leitores à reflexão, uma deglutição mais descansada e introspectiva da realidade, onde se pode entrever e extrair o prazer estético mesmo nas coisas mais simples e nos momentos mais baços.

Mário Coutinho – Tradutor do Clube de Literatura Clássica

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Em Lirassóis, Fatel escreve sobre amores que causam uma saudade lancinante, e estabelece um paralelo entre o corpo masculino, o amor entre dois homens e a exuberância da natureza. Inspirado pelas flores de Redouté, os poemas operam uma dialética entre o feminino e o masculino, o quente e o frio, o real e o ideal. Versos recheados de cores, cheiros, e sussuros que invadem a imaginação do leitor, permitindo-lhe sentir o anelo posto em palavras. Em Lirassóis, toda a força poética de seu autor nos conduz por um bosque florido, tanto na exuberância das cores com a luz do dia, quanto ao cair da noite, quando entre um trago e um drinque, rememora amores passados. Os poemas-flor nos levam da euforia do delirio tremens à dor da desilusão amorosa, com intensidade e revolta. Sentimos o azedo e o melifluo, vemos o feminino e o masculino conjugados, delineados por palavras fortes e uma postura ousada. É impossível não querer ouvir o que ele tem a dizer, com todas as cores do seu jardim multicor povoado por fantasmas, idealizações, entrega e beleza.

Julia Bessada Rodrigues – Editora da Revista Primeiros Escritos USP

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Metadado adicionado por Kotter Editorial em 15/05/2023

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Metadados adicionados: 15/05/2023
Última alteração: 26/06/2023

Autores e Biografia

Fatel, Henrique (Autor)

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