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Livro Impresso

Se o autismo não é uma doença, o que ele é?
Uma refundação da definição do autismo, da sua etiologia e do seu lugar na espécie humana



autismo, doença, biologia, funcionamento cerebral


Sinopse

Um novo olhar sobre o autismo, direto da fronteira da ciência para profissionais e interessados no tema.
Este livro apresenta uma visão original e instigante do autismo, defendendo que ele não é uma doença, mas uma bifurcação assimétrica do desenvolvimento humano, uma forma estável e alternativa de funcionamento cerebral, enraizada na biologia e coerente em sua organização. Escrito por Laurent Mottron, um dos maiores especialistas mundiais no tema, a obra propõe um reposicionamento científico e clínico na compreensão do autismo.
Mottron argumenta que a expansão dos critérios diagnósticos e a inclusão de formas atípicas, muitas vezes baseadas em autodiagnósticos, acabaram diluindo a definição original do autismo. Em resposta, ele propõe resgatar a noção de autismo prototípico, como forma de restaurar a clareza conceitual e a utilidade clínica do diagnóstico.
Com base em pesquisas atualizadas e décadas de experiência clínica, o autor critica o modelo deficitário e os protocolos terapêuticos padronizados, sugerindo que a intervenção deve partir das potencialidades da pessoa autista, não de suas supostas falhas. O livro convida a ciência e a sociedade a repensarem como definem e acolhem as diferenças.
Escrito em linguagem clara e acessível, ao mesmo tempo profunda e sustentada por um arcabouço argumentativo sólido, trata-se de uma leitura essencial para profissionais da saúde e da educação, pesquisadores, famílias e todos aqueles que desejam compreender o autismo de forma mais profunda, precisa e ética.

Metadado adicionado por Editora Hogrefe Cetepp em 06/10/2025

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Metadados adicionados: 06/10/2025
Última alteração: 06/10/2025

Autores e Biografia

Mottron, Laurent (Autor) - É um psiquiatra de origem francesa, pesquisador clínico e atualmente especialista nos aspectos cognitivos e nos critérios diagnósticos do autismo, bem como na influência que o modelo de diagnóstico do autismo exerce sobre a pesquisa científica na área. É professor titular e ocupa a cátedra de pesquisa em autismo no Departamento de Psiquiatria e Adições da Universidade de Montreal.

Sumário

Prefácio à edição brasileira .............................................................................13
Aviso ao leitor....................................................................................................17
Referências científicas ....................................................................................19
PARTE 1. A NECESSIDADE DE UMA REFUNDAÇÃO DO AUTISMO............. 23
Capítulo 1. Doença ou não? Oscilação histórica pendular............................27
1. Como nomear o autismo?.......................................................................................27
2. Na época de sua descoberta, era considerado uma doença ..............................27
3. Com o movimento da neurodiversidade, não é mais uma doença......................29
4. Quem decide se o autismo é uma doença?...........................................................32
5. Nossa posição sobre o autismo como doença .....................................................35
Capítulo 2. Não sabemos mais onde termina o autismo...............................39
1. As fronteiras do autismo, uma questão nunca resolvida ....................................39
2. A metáfora do espectro ..........................................................................................41
3. A genética obscureceu os limites entre o autismo e o que ele não é, quando
poderia tê-lo esclarecido ...........................................................................................43
4. A fronteira entre o autismo e suas comorbidades ...............................................46
Capítulo 3. Uma ciência que, no estado atual da definição de autismo,
não deixa entrever nenhum progresso ...........................................................49
1. Circularidade das propostas científicas contemporâneas sobre o autismo
em relação à sua definição e ao seu diagnóstico.....................................................49
2. Circularidade entre desproporção por sexo e critérios diagnósticos .................50
3. Circularidade entre a suposta comorbidade e critérios diagnósticos................52
4. Circularidade entre a suposta heterogeneidade e critérios diagnósticos .........55
5. Circularidade entre prevalência relatada e natureza e aplicação dos
critérios diagnósticos .................................................................................................57
6. Circularidade entre a distribuição contínua de traços autísticos e sua
mensuração.................................................................................................................57
7. Circularidade entre o suposto papel dos fatores genéticos no autismo e
sua definição...............................................................................................................58
8. Circularidade, autoperpetuação e autoagravamento de nossa
incompreensão do autismo .......................................................................................60
Capítulo 4. Por uma refundação do autismo..................................................63
PARTE 2. O QUE O AUTISMO NÃO É ......................................................... 67
Capítulo 1. O autismo não é uma doença nem um “transtorno”
neurogenético...................................................................................................71
1. O autismo é uma doença neurogenética como outros transtornos do
neurodesenvolvimento? .............................................................................................71
2. Distinguir o autismo “essencial” ou primário do autismo “sindrômico”
associado a uma condição neurodesenvolvimental identificada...........................72
3. Os modelos de autismo em seres humanos derivados do autismo sindrômico....74
4. Modelos animais derivados do autismo sindrômico............................................76
5. As implicações do termo inglês disorder...............................................................77
6. Neurodiversidade não é transtorno.......................................................................78
Capítulo 2. O autismo não é apenas autoidentificação.................................81
1. Reconhecermo-nos como autista é suficiente para sê-lo?.................................81
2. O papel do clínico nos autodiagnósticos...............................................................83
3. Explicar-se inteiramente por um diagnóstico ......................................................85
4. O efeito dos autodiagnósticos na pesquisa..........................................................87
Capítulo 3. O autismo não é a porção extrema de um continuum de
traços autísticos...............................................................................................89
1. O autismo pode ser fragmentado? ........................................................................89
2. Mensuração de traços autísticos e sua validação ...............................................91
3. Os pressupostos das escalas de traços autísticos..............................................93
4. A assimilação do autismo a uma variável unidimensional de socialização,
graduada em gravidade..............................................................................................94
5. O impacto dos “traços autísticos” na evolução do conhecimento.......................97
Capítulo 4. O autismo não é a síndrome de Asperger (mas os dois são
autismo) ......................................................................................................... 101
1. O percurso histórico da síndrome de Asperger ..................................................101
2. Razões para separar o autismo e a Asperger em vez de reuni-los sob o
mesmo diagnóstico...................................................................................................103
3. O papel desempenhado pela integração de Asperger ao autismo na
heterogeneidade do atual espectro autístico.........................................................105
Capítulo 5. O autismo não é um déficit social ............................................. 107
1. Sinais que ilustram o déficit na comunicação e na interação social................107
2. A ausência de orientação social não é um déficit de socialização ...................115
Capítulo 6. “Repetitividade” e “restrição” qualificam imperfeitamente os
comportamentos e interesses dos autistas em idade pré-escolar.......... 121
1. Os termos “repetitivo” e “restrito” descrevem adequadamente os
comportamentos e interesses das pessoas autistas em idade pré-escolar?.....121
2. A desvalorização dos comportamentos repetitivos na literatura científica ....126
Capítulo 7. O autismo não é heterogêneo.................................................... 133
1. A heterogeneidade do autismo: propriedades do espectro ou produto de
escolhas infelizes?....................................................................................................135
2. O papel dos critérios do DSM na criação de heterogeneidade..........................135
3. O papel dos instrumentos de avaliação padronizados na heterogeneidade
do espectro................................................................................................................138
4. Para sair da circularidade ....................................................................................140
PARTE 3. O AUTISMO PROTOTÍPICO...................................................... 145
Capítulo 1. Princípio, vantagens e limitações do protótipo........................ 149
1. Definição do protótipo ..........................................................................................149
2. O protótipo e a fronteira de uma categoria .........................................................151
3. O protótipo implícito e os critérios explícitos para o autismo...........................152
4. Os benefícios de definir um protótipo .................................................................153
5. Alternativas à teoria do protótipo........................................................................156
6. As limitações no uso clínico da teoria do protótipo ...........................................158
Capítulo 2. Novos critérios para o autismo prototípico .............................. 161
1. Mudanças nos sinais prototípicos em comparação com os sinais do
DSM-5 e dos instrumentos de avaliação padronizados ADOS e ADI....................161
2. Sinais de autismo prototípico na idade pré-escolar..........................................163
3. Outros sinais..........................................................................................................170
Capítulo 3. As variações do protótipo .......................................................... 173
1. Variações dentro do protótipo..............................................................................173
2. As variações fora do protótipo: o espectro autístico..........................................176
PARTE 4. O QUE É O AUTISMO............................................................... 179
Capítulo 1. Um novo conceito: as bifurcações assimétricas do
desenvolvimento humano............................................................................. 183
1. Uma nova classe de variações humanas ............................................................183
2. Uma bifurcação assimétrica do desenvolvimento canônico: a apresentação
pélvica........................................................................................................................185
3. Outras bifurcações assimétricas do desenvolvimento embriológico...............190
4. Uma bifurcação assimétrica do processamento de informações ....................192
5. A bifurcação assimétrica na orientação sexual..................................................193
Capítulo 2. Os oito princípios que regem as bifurcações assimétricas .... 199
1. A bifurcação é uma alternativa na relação do indivíduo com um ambiente
polarizado..................................................................................................................199
2. A bifurcação é um caminho desenvolvimental minoritário ...............................199
3. As bifurcações não são causadas por anormalidades biológicas ....................200
4. As bifurcações têm predisposição familiar ........................................................201
5. As bifurcações ocorrem em um período crítico..................................................201
6. As bifurcações produzem protótipos estáveis ...................................................203
7. A irreversibilidade temporária das bifurcações desenvolvimentais ................203
8. A bifurcação minoritária é compatível com um desenvolvimento posterior....204
Capítulo 3. Autismo prototípico como uma bifurcação desenvolvimental
assimétrica do processamento de informações em direção a um
processamento sem orientação social: uma visão geral ........................... 207
1. A natureza polarizada do contexto informacional e dos sinais apresentados
que torna possível a bifurcação autística...............................................................207
2. A natureza minoritária do autismo em seres humanos.....................................208
3. A ausência de um biomarcador ...........................................................................208
4. Predisposição familiar e outros fatores de risco................................................208
5. A ocorrência durante um período crítico: a bifurcação do quarto semestre....209
6. A natureza prototípica da apresentação.............................................................209
7. Irreversibilidade temporária ................................................................................210
8. Impacto adaptativo e compatibilidade com um desenvolvimento posterior
modificado, mas satisfatório ...................................................................................210
Capítulo 4. Polarização entre o processamento socialmente orientado
e não socialmente orientado da informação............................................... 213
1. Orientação social em crianças neurotípicas e atenção compartilhada...........213
2. Autismo, um caminho minoritário não socialmente orientado no processamento
de informações ambientais .....................................................................................216
3. Os três sinais sociais de autismo no DSM-5 reformulados como a ausência
de orientação social..................................................................................................217
4. Os quatro sinais “repetitivos” do DSM-5 reformulados como sinais
perceptivos ................................................................................................................220
Capítulo 5. A natureza minoritária do autismo em seres humanos .......... 225
1. O aumento “sociológico” na prevalência do autismo não põe em questão a
natureza minoritária do autismo “biológico”..........................................................225
2. Um aumento na prevalência do autismo prototípico permanece possível,
mas em uma ordem de magnitude muito menor e numa escala de tempo
mais longa .................................................................................................................226
Capítulo 6. Autismo: biológico, mas sem marcador.................................... 229
1. Uma breve história dos marcadores biológicos do autismo .............................229
2. O perigo das posições de clã................................................................................232
3. A busca por marcadores biológicos no autismo: uma negação do óbvio.........233
4. Repensando o lugar da biologia no autismo na ausência de um biomarcador...234
5. Modelos de convergência.....................................................................................237
Capítulo 7. A bifurcação autística: semialeatória e familiar, mas não
mendeliana .................................................................................................... 241
1. Predisposição familiar para o autismo ...............................................................241
2. Risco familiar e desproporção por sexo a favor do sexo masculino .................242
3. Predisposição familiar para o autismo em um modelo de bifurcação
desenvolvimental......................................................................................................243
Capítulo 8. A bifurcação autística ocorre em um período crítico............... 245
1. O autismo é um estado ou um momento em uma trajetória desenvolvimental
minoritária? ...............................................................................................................245
2. O aparecimento de sinais, o platô e a diminuição dos sinais............................245
3. A contribuição das transformações desenvolvimentais do autismo para
compreender os seus mecanismos.........................................................................247
Capítulo 9. A existência de uma forma prototípica estável........................ 251
1. Estabilidade do protótipo autístico no que diz respeito às suas
perturbações e teoria da evolução..........................................................................251
2. O modelo da bifurcação assimétrica justifica a desigualdade da
distribuição entre formas prototípicas e não prototípicas....................................255
Capítulo 10. A irreversibilidade temporária dos sinais autísticos no
período de platô............................................................................................. 259
1. A magnitude das mudanças atribuíveis à intervenção......................................259
2. Os efeitos da intervenção não são comparáveis com a reversibilidade
espontânea após o platô dos sinais no período pré-escolar................................260
Capítulo 11. O impacto adaptativo do autismo e seu valor de
sobrevivência ................................................................................................. 263
1. Uma distinção entre gravidade e prototipicidade ..............................................263
2. A variabilidade do prognóstico adaptativo .........................................................264
3. Autismo, adaptação e teoria da evolução ...........................................................265
4. A bifurcação e a seleção.......................................................................................267
PARTE 5. O AUTISMO, A LINGUAGEM E AS HABILIDADES ESPECIAIS:
UM TESTE DA TEORIA DA BIFURCAÇÃO ................................................ 271
Capítulo 1. A aprendizagem não social da linguagem................................ 275
1. O lugar da linguagem em nossa compreensão do autismo...............................275
2. A trajetória de aprendizagem da linguagem autística “em baioneta”...............276
3. A linguagem pode ser processada com ou sem orientação social ...................278
4. Se os autistas processam a linguagem sem orientação social, eles
poderiam processar como linguagem materiais que não são linguagem?..........280
Capítulo 2. As habilidades autísticas especiais.......................................... 285
1. Uma breve história das habilidades autísticas especiais .................................285
2. O modelo de mapeamento fiel .............................................................................287
3. A ligação entre a detecção da linguagem pela criança típica e o domínio do
campo savant............................................................................................................288
4. A contribuição do modelo de bifurcação assimétrica para o modelo de
mapeamento fiel.......................................................................................................292
Epílogo – O autismo para além da neurodiversidade................................. 295
Resumo do livro ............................................................................................. 297
Referências bibliográficas............................................................................ 299



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