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Livro Impresso

Estratégias de ensino em educação ambiental para os anos finais do ensino fundamental e o ensino médio




Sinopse

A atualidade está permeada por temas complexos. Entre eles, a temática
socioambiental tem despertado a atenção de governos e da sociedade tanto em
contextos locais quanto globais. Um exemplo de como o debate tem sido cada
vez mais ampliado é a realização das conferências do clima da Organização
das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas: Convenção-Quadro
das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (em inglês, United Nations
Framework Convention on Climate Change – UNFCCC) e a Conferência das
Partes (Conference of the Parties – COP), que teve sua 27ª edição no Egito, em
novembro de 2022.
Acredita-se que as questões que envolvem o meio ambiente sejam
socioambientais, uma vez que trazem em seu bojo aspectos que perpassam os
fatores ecológicos, biológicos e químicos, também abarcando fatores políticos,
econômicos, sociais, culturais e psicológicos. O fato é que a humanidade está
passando por uma crise ambiental sem precedentes, que assola o planeta
inteiro, que ela mesma e o “modelo socioeconômico vigente criaram e continuam
a potencializar. A objetificação da natureza, a racionalidade econômica, os
tecnicismos e a fragmentação dos saberes são apontados como causas de tal
crise” (MARQUES; MAZZARINO, 2021, p. 2).
Para que o respeito pela vida, a justiça ambiental, a equidade e outras
questões avancem, é necessário que a Educação Ambiental (EA) se torne uma
prática recorrente e “que o ambiente escolar avance em práticas que promovam
situações e experiências que favoreçam o desenvolvimento das potencialidades
humanas e a compreensão da alteridade” (COLAGRANDE; et al., 2021, p. 2),
contribuindo para a formação de um sujeito mais consciente e atuante em prol
de práticas de conservação do meio ambiente.
Uma das formas de começar a promover o conhecimento de tais questões
é ampliar os conteúdos de EA na educação formal. De acordo com o Art. 1º da
Lei n.º 9.795, de 27 de abril de 1999, “entendem-se por educação ambiental os
processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores
sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a
conservação do meio ambiente” (BRASIL, 1999). A Lei também assinala que a
EA é um componente importante da educação brasileira e deve estar presente
em todos os níveis e modalidades do processo educacional.
A Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) orienta que diferentes
metodologias, estratégias e instrumentos de ensino que abordem as questões
socioambientais sejam planejadas de forma multi, inter e transdisciplinares e que
os futuros docentes e profissionais que atuam na área tenham uma formação
específica (MOURA; SILVA JÚNIOR; SANTOS, 2022). Além disso, também
é importante que as temáticas socioambientais estejam contempladas nos
currículos.
No país, a Resolução do Conselho Pleno do Conselho Nacional de
Educação (CNE/CP) n.º 2, de 22 de dezembro de 2017, instituiu a Base Nacional
Comum Curricular (BNCC) para a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e
o Ensino Médio (EM), ou seja, para toda a Educação Básica (BRASIL, 2017a).
Esse documento estava previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB) e deve “nortear os currículos dos sistemas e redes de ensino das
Unidades Federativas” (BRASIL, 1996), bem como as propostas pedagógicas de
todas as escolas brasileiras.
A BNCC é um documento normativo que estabelece conhecimentos,
competências e habilidades a serem desenvolvidas por todos os estudantes
durante a escolaridade básica e tem, como principal objetivo, delinear a
“qualidade da educação no País por meio do estabelecimento de um patamar
de aprendizagem e desenvolvimento a que todos os alunos têm direito”
(BRASIL, 2018). Dessa forma, esse documento norteia a proposta da pesquisa
de estratégias de ensino em EA para estudantes dos Anos Finais do Ensino
Fundamental (EFAF) e do EM, nas áreas de Biologia e Química – apesar de a
EA não ser citada diretamente nas habilidades e competências.
Dias (2010, p. 11) afirma que as atividades da EA contribuem para “a
promoção de práticas inovadoras capazes de promover a ampliação da percepção
sobre a complexidade das principais questões socioambientais”, bem como para
revelar as engrenagens do processo de alienação vigente e os desafios para a
mudança dos estilos de vida que englobam as decisões, os hábitos, as atitudes
e as formas de viver dos indivíduos.
Diante do exposto, este livro tem como objetivo apresentar estratégias de
ensino em EA propostas para turmas do EFAF e do EM, especificamente para
os componentes curriculares Biologia e Química, mostrando a aplicabilidade
nesses contextos.
Foram pesquisadas políticas, práticas e estratégias de ensino em livros,
manuais, livros didáticos, vídeos disponíveis no YouTube, entre outros materiais,
para compor esta coletânea com 30 estratégias – revisadas e autorais – propostas pelos autores. Cada uma está organizada em tópicos, sendo: introdução,
materiais necessários, desenvolvimento, orientações complementares e
resultados esperados, além de algumas dicas1
.
Dessa forma, são apresentadas três para cada turma do EFAF (6º, 7º, 8º
e 9 anos), norteadas pelas habilidades da BNCC para a disciplina de Ciências,
totalizando 12 estratégias. No EM, são apresentadas três para cada turma (1º, 2º
e 3º anos), também orientadas pelas habilidades da BNCC da área de Ciências
da Natureza e suas Tecnologias, sendo nove especificamente direcionadas à
disciplina Biologia e nove à disciplina Química, totalizando 18 estratégias de
ensino.
Ao pesquisar outros materiais sobre a temática para a redação deste livro,
duas obras merecem destaque. A primeira é o livro Dinâmica e Instrumentação
para Educação Ambiental, de Genebaldo Freire Dias (2012), que serviu de
inspiração para a redação desta coletânea. A outra é o e-book Ensinando
Educação Ambiental: terrário e atividades práticas, de Eliane Maria de Souza
Nogueira, Heide Vanessa Souza Santos e Tiago Shizen Pacheco Toma (2018),
que apresenta textos e atividades práticas para o ensino de EA em escolas da
EB, sobretudo aquelas situadas na Caatinga.
O Capítulo 1 apresenta uma introdução que explica a proposta da BNCC
para trabalhar os conteúdos de Ciências com ênfase nas habilidades que tratam
de temáticas afins à EA; em seguida, cada uma das turmas é apresentada
brevemente e as três estratégias de cada. O Capítulo 2 traz uma introdução
que explica, em linhas gerais, a proposta do EM e as estratégias elencadas e
explicadas para as disciplinas Biologia e Química. Por fim, são apresentadas as
considerações finais.

Metadado adicionado por Atena Editora em 08/12/2025

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Metadados adicionados: 08/12/2025
Última alteração: 08/12/2025

Autores e Biografia

Pires, Ariane Gravina (Autor) , Marcolino, Claudio Bruno (Autor) , Pereira, Orcione Aparecida Vieira (Autor) , Morais, Nilza da Silva (Autor)

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