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Ex-votos comunicação, cultura e arte



Divindade e humanidade, Adoração, Cultura, Arte


Sinopse

O GREC (Grupo de Estudos sobre Cibermuseus), hoje com os seus vinte
e dois anos de idade, criado pelo saudoso Dr. Gottfried Stockinger, e desde
2006 coordenado pelo Dr. José Cláudio Alves de Oliveira e pela Dra. Ana Helena
Delfino Duarte, é um Grupo de pesquisa que tramita entre a diversidade de
temas, contextualizando a cultura popular, a arte, a religiosidade, a cibercultura
e a folkcomunicação, e que vem realizando estudos nos campos iconográficos,
jornalísticos, ciberculturais, museológicos, discursivos, da ciência da informação
à memória social.
E assim, com olhares dilatados, os seus pesquisadores e pesquisadoras
mergulham em pesquisas que trabalham patrimônios culturais diversos e
abarcam estudos que contextualizam a fé e as transgressões, a memória e
a museologia, o folclore e a antropologia, e a religiosidade quando falam do
ex-voto, testemunho concretizado por meio do ato de desobriga em salas de
milagres de igrejas e santuários católicos. Objeto que pode ser visto de variadas
formas: bilhetes ou cartas, esculturas, milagritos, quadros pictóricos, fotografias,
órgãos in vitro, mechas de cabelo, CDs ou DVDs, objetos pessoais, enfim, uma
infinidade de objetos que ficam no espaço denominado “de milagres”.
Neste ano de 2024, mesmo todos nós do Grupo abalados (as) com a triste
perda de um dos nossos pesquisadores, o Menderson Bulcão, reagimos com o
que de bom tínhamos para reunirmos, sentarmo-nos, debatermos e tecermos o
que aqui trazemos, fazendo exatamente o que o grande e inesquecível colega
sempre mostrou em nosso Grupo: a inquietude nos estudos, no falar, no escrever,
no debater.
Aqui, nos seus dois capítulos, as temáticas se sincronizam em um único
tema: o ex-voto. A sincronia está enquadrada na arte e nas biografias, e fala em
assuntos divergentes que o objeto ex-votivo consegue trazer à sociedade, com
os seus múltiplos formatos, as suas grafias gramaticalmente incorretas, as suas
ações pictóricas disformes etc., mas que chegam ao povo, seja através da sala
de milagres, seja nos cemitérios ou mesmo num cruzeiro, de forma simples,
expressiva e espontânea. Ou ao objeto artístico, pensado e formatado por mestres
da pintura, que ressignifica o elemento ex-votivo para as galerias e museus.
No primeiro capítulo, a mestre em memória, Rahíssa Gomes, e o
pesquisador José Cláudio Oliveira focam no processo infocomunicacional em
que está o ex-voto. A base reside em Luiz Beltrão, autor da primeira tese de
doutorado em Comunicação Social, do Brasil, defendida, em 1967, na UNB,
quando o referido pesquisador viu os ex-votos como media potenciais para
divulgação das questões sociais, individuais e coletivas, que as pessoas simples
da cidade ou do meio rural criam e executa em um processo por ele chamado
“folkcomunicacional”. Beltrão faz uma reflexão que exalta o ex-voto da década
de 1960 brasileira.
Nas linhas que se seguem do capítulo primeiro, além de uma síntese da
origem e conceituação do que vem a ser o ex-voto e de uma rápida reflexão
sobre os ex-votos do Brasil e do México, a autora e o autor apresentam as
potenciais formas testemunhais de representação iconográfica das graças
obtidas que envolvem as ocorrências que motivaram a entrega do ex-voto.
Fatores como a doença, a obtenção da terra para plantar, da casa, do carro,
dos estudos etc., trazem a representação escultórica da doença curada que é
a forma mais conhecida de um ex-voto; o testemunho de fatos e acontecimento
em narrativas pictóricas, epigráfica e fotográficas; os hoje difundidos DVDs
que trazem os casamentos, os batismos, as bodas, enfim, formatos antigos e
novos que representam histórias do passado e atuais, formatos que preservam
memórias individuais e coletivas, divulgadas em ambientes que insurgem em
ruas, estradas, cemitérios ou, mais precisamente, numa sala de milagres.
Objetos que, pelo grande potencial testemunhal, são dirigidos (ou coletados)
para museus. Formatos que trazem informações ao público, mas que antes
disso teve o propósito de comunicar-se com o padroeiro.
O segundo capítulo, trabalhado pelas pesquisadoras da Iniciação
Científica do GREC, Fernanda Mascarenhas e Maria Clara Ribeiro Oliveira, em
coautoria, analisam o ex-voto como elemento da cultura material, que alcança
o imaginário popular e se expressa para além do âmbito religioso. O objeto exvotivo é trazido em uma rica visualidade de elementos pictóricos e escultóricos,
apropriados e ressignificados pelas artes plásticas, reafirma, cada vez mais,
suas inerentes qualidades artísticas, borrando as fronteiras entre arte popular
e erudita. No capítulo, algumas obras de artistas inspiradas nesta prática exvotiva são analisadas, corroborando a importância desta tradição religiosa para
a expressão estética da contemporaneidade.
Com esses dois capítulos, podemos perceber o caminhar das pesquisas e
temas que abarcam o ex-voto, a folkcomunicação a cultura e a memória coletiva,
onde o sentido de entender o objeto, no viés da ciência, envolve a descobridora
daquilo que está oculto à sociedade em geral, mas, como demonstram os dois
textos, com a facilidade de compartilhar com a sociedade, tornando pública as
descobertas de cada fase e passo da pesquisa científica, e mostrando a todos os
níveis escolarizados, e a toda a população, o retorno do fomento público.

Metadado adicionado por Atena Editora em 17/11/2025

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Metadados adicionados: 17/11/2025
Última alteração: 17/11/2025

Autores e Biografia

Oliveira, José Cláudio Alves de (Autor) , Mascarenhas, Fernanda Assunção Camelier (Autor) , Oliveira, Maria Clara Ribeiro (Autor) , Gomes, Rahíssa de Azevedo (Autor)

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