As Troianas
Eurípedes e Sartre

Barbosa, Sidney (Autor) - Professor Associado aposentado do Depto. de Teoria Literária da UnB. Atua no PósLit. Ex-fundador dos Grupos de pesquisa Topus e LiterArtes UnB/CNPq, onde orienta IC, Mestrado, Doutorado, Pós-Doc. Comenda do Governo francês "Palmes Académiques", no grau de "Chévalier". Autor de "Caminhos da narrativa: ensaios", "Tempo, espaço e utopia nas cidades", "Literatura e outras artes na America Latina" e "Da leitura e suas escrituras", dentre outros, organizador solo e em parceria. Acredita no valor da Literatura e nas suas relações com as outras Artes (Pintura, Música, Fotografia, Cinema, Teatro, Quadrinhos, Arquitetura).

Tradução, Reescritura, Tragédia grega, Sartre, Eurípedes, Sidney Barbosa.

Sinopse

Eurípedes escreveu, no ano 415 a.C., uma peça dedicada às sobreviventes da queda de Troia. Os homens troianos foram todos assassinados, inclusive as crianças do sexo masculino. As mulheres foram poupadas, mas foram todas escravizadas e levadas para a Grécia, então um aglomerado de cidades-estado. A peça inicia-se no momento em que elas aguardam o embarque para os seus novos domicílios. Taltíbio, o arauto grego, anuncia o reino para o qual cada uma delas será levada em servidão. Hécuba e Cassandra, respectivamente rainha e princesa do reino vencido, juntamente a outras mulheres do povo, fazem uso da palavra para lamentar o destino de Troia, amaldiçoar os “heróis” gregos e acusá-los de haver ganhado a guerra não pela atuação militar, mas por uma astúcia traiçoeira do chamado “Cavalo de Troia”. Essa obra-prima do grande autor grego Eurípedes foi reescrita por Jean-Paul Sartre, em 1965, atualizando o discurso literário dessa tragédia e introduzindo alguns dos valores do movimento existencialista, que ele comandava à época, a partir de Paris. O resultado é um texto altamente literário e filosófico que se tornou um clássico entre as reescrituras da dramaturgia antiga.

Metadado adicionado por Editora Appris em 10/07/2024

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